Durante o primeiro módulo da Unidade de Planejamento, Gestão e Avaliação em Saúde III estamos discutindo os Fundamentos e Aplicabilidades da Economia da Saúde. Hoje resolvi escrever um pouco sobre a análise do material organizado por Sergio Francisco Piola e Solon Magalhães Vianna em 1995 e que está disponível em: http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=5329.
A Economia da Saúde é uma área essencial para se fazer planejamento e administração dos serviços de saúde. Uma das principais dificuldades e desafios é lidar com o pequeno número de interessados que permanecem no setor saúde e que se especializam nessa área. Outro desafio está ligado a diferentes formas de gestão e utilização dos recursos disponíveis o que pode gerar conflitos na área.
Um aspecto que precisa ser discutido é o fato de a Saúde ser um campo extremamente complexo e quase impossível de ser traduzido em números, a partir dos dados que são produzidos é necessário que haja uma análise mais profunda das condições. Porém é importante saber que não existe incompatibilidade entre economia e saúde, muito pelo contrário, os instrumentos da economia influenciam fortemente na operacionalidade e nas estratégias em saúde, principalmente tratando-se de recursos limitados (o que faz parte da realidade dos sistemas de saúde).
Existem inúmeros estudos ligados à Economia da Saúde e que demonstram como fatores socioeconômicos se relacionam com indicadores de saúde, ou como o desenvolvimento econômico impacta no nível de saúde de uma população. Esses estudos levam em consideração diversos indicadores e estatísticas, dos quais muitas vezes não vemos a relação com os determinantes do processo saúde-doença. Também são realizados estudos que analisam bens e serviços específicos, como aspectos financeiros ligados a medicamentos, aparelhos, procedimentos, tecnologias, investimentos em infraestruturas, etc., que influenciam muito na tomada de decisão dos gestores em saúde. Um trabalho muito importante para a definição das prioridades de saúde e para a elaboração de políticas públicas está ligado ao ESTUDO DA FUNÇÃO DISTRIBUTIVA DO SISTEMA DE SAÚDE, pois visualiza as situações de desigualdade e equidade no acesso e utilização do sistema de saúde, buscando analisar as condições mais desprivilegiadas da sociedade e pensar propostas para elas.
Algumas controvérsias são colocadas em pauta quando se fala de “desenvolvimento econômico” e “nível de saúde”, pois não existe um consenso do que vem antes. Atualmente, trabalha-se na perspectiva de que a saúde faz parte do processo de desenvolvimento social e econômico de uma população, em que o Estado tem o papel de explicar a evolução dos níveis de saúde, sendo essa evolução parte integrante da situação social. Outra controvérsia é observada quando se trata de direito à saúde, pois isso está ligado a dois fatores: a participação efetiva do indivíduo na busca pela saúde e as prioridades de aplicação de recursos. O primeiro fator coloca em evidência a controvérsia de que apenas o acesso aos serviços de saúde não basta para se adquirir saúde, é necessário que o indivíduo participe do processo para que possa alcançar melhores condições. E o segundo fator aponta que nem sempre é possível investir em programas e ações que trazem benefícios para a população em geral, isso traz para debate a questão: Como garantir o direito que é de todos com recursos limitados?
No Brasil, a abrangência em economia da saúde está ligada à visualização e análise da diversidade de serviços de saúde e suas distorções. Essas distorções se relacionam à falta do estabelecimento das reais necessidades da população, à desigual distribuição geográfica dos recursos, ao uso excessivo de medicamentos, à má utilização dos recursos e das tecnologias, à competição do setor privado, dentre outros fatores. Isso traz consequências tanto à economia do país, como a diversos outros setores e gera questionamentos que necessitam ser contextualizados e repensados visto que é de responsabilidade dos governos o uso racional dos recursos públicos investidos em saúde.
Esses são conhecimentos que pretendo sempre poder utilizar, até para ter a consciência que investimento em saúde se faz com responsabilidade.
A FUTURA SANITARISTA
A Economia da Saúde é uma área essencial para se fazer planejamento e administração dos serviços de saúde. Uma das principais dificuldades e desafios é lidar com o pequeno número de interessados que permanecem no setor saúde e que se especializam nessa área. Outro desafio está ligado a diferentes formas de gestão e utilização dos recursos disponíveis o que pode gerar conflitos na área.
Um aspecto que precisa ser discutido é o fato de a Saúde ser um campo extremamente complexo e quase impossível de ser traduzido em números, a partir dos dados que são produzidos é necessário que haja uma análise mais profunda das condições. Porém é importante saber que não existe incompatibilidade entre economia e saúde, muito pelo contrário, os instrumentos da economia influenciam fortemente na operacionalidade e nas estratégias em saúde, principalmente tratando-se de recursos limitados (o que faz parte da realidade dos sistemas de saúde).
Existem inúmeros estudos ligados à Economia da Saúde e que demonstram como fatores socioeconômicos se relacionam com indicadores de saúde, ou como o desenvolvimento econômico impacta no nível de saúde de uma população. Esses estudos levam em consideração diversos indicadores e estatísticas, dos quais muitas vezes não vemos a relação com os determinantes do processo saúde-doença. Também são realizados estudos que analisam bens e serviços específicos, como aspectos financeiros ligados a medicamentos, aparelhos, procedimentos, tecnologias, investimentos em infraestruturas, etc., que influenciam muito na tomada de decisão dos gestores em saúde. Um trabalho muito importante para a definição das prioridades de saúde e para a elaboração de políticas públicas está ligado ao ESTUDO DA FUNÇÃO DISTRIBUTIVA DO SISTEMA DE SAÚDE, pois visualiza as situações de desigualdade e equidade no acesso e utilização do sistema de saúde, buscando analisar as condições mais desprivilegiadas da sociedade e pensar propostas para elas.
Algumas controvérsias são colocadas em pauta quando se fala de “desenvolvimento econômico” e “nível de saúde”, pois não existe um consenso do que vem antes. Atualmente, trabalha-se na perspectiva de que a saúde faz parte do processo de desenvolvimento social e econômico de uma população, em que o Estado tem o papel de explicar a evolução dos níveis de saúde, sendo essa evolução parte integrante da situação social. Outra controvérsia é observada quando se trata de direito à saúde, pois isso está ligado a dois fatores: a participação efetiva do indivíduo na busca pela saúde e as prioridades de aplicação de recursos. O primeiro fator coloca em evidência a controvérsia de que apenas o acesso aos serviços de saúde não basta para se adquirir saúde, é necessário que o indivíduo participe do processo para que possa alcançar melhores condições. E o segundo fator aponta que nem sempre é possível investir em programas e ações que trazem benefícios para a população em geral, isso traz para debate a questão: Como garantir o direito que é de todos com recursos limitados?
No Brasil, a abrangência em economia da saúde está ligada à visualização e análise da diversidade de serviços de saúde e suas distorções. Essas distorções se relacionam à falta do estabelecimento das reais necessidades da população, à desigual distribuição geográfica dos recursos, ao uso excessivo de medicamentos, à má utilização dos recursos e das tecnologias, à competição do setor privado, dentre outros fatores. Isso traz consequências tanto à economia do país, como a diversos outros setores e gera questionamentos que necessitam ser contextualizados e repensados visto que é de responsabilidade dos governos o uso racional dos recursos públicos investidos em saúde.
Esses são conhecimentos que pretendo sempre poder utilizar, até para ter a consciência que investimento em saúde se faz com responsabilidade.
A FUTURA SANITARISTA
Nenhum comentário:
Postar um comentário