segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Visita ao Ambulatório de Dermatologia Sanitária

Hoje, pela manhã, eu e meus colegas Maurício e Vânia, tivemos o privilégio de conhecer um pouco mais sobre o Ambulatório de Dermatologia Sanitária, localizado na Av. João Pessoa. A visita foi em função de um trabalho da UPP de Análise de Situação de Saúde e Vigilância à Saúde, ministrada pela professora Stela. O trabalho tem como objetivo conhecer os fluxos de alguns serviços de vigilância epidemiológica de Porto Alegre. Descobrimos que institucionalmente, o Ambulatório não é um serviço de vigilância epidemiológica, mas ele contribui com notificações, programas de prevenção, identificação, entre outras tarefas que cabem dentro das ações de vigilância à saúde.

Ao chegarmos, fomos recebidos pelo colega da Saúde Coletiva, Paulo César, que trabalha no Ambulatório há cerca de 20 anos, e pela Assistente Social Niara. Ao longo da visita, fomos percebendo alguns problemas relacionados à infraestrutura e o quão enorme é a complexidade de lidar com tais problemas, pois os processos de negociação passam por setores e entidades ora municipais, ora estaduais ou ainda do Ministério. Mesmo assim, a organização do serviço, parece funcionar muito bem e isso deve acontecer pois, como pudemos perceber, existe uma boa relação e comunicação entre praticamente todos os profissionais que trabalham no local. E não poderia ser diferente, porque como nos foi passado, a demanda do serviço é enorme. Um exemplo disso, é a farmácia que ali funciona, que atende à segunda maior demanda de medicamentos para tratamento de HIV/AIDS de todo o Brasil. 

Quem nos contou sobre como é o funcionamento da Farmácia do Ambulatório foi a farmacêutica e sanitarista Silvana, que além de nos receber muito bem, nos explicou como funciona o SICLOM (Sistema de Controle Logístico de Medicamentos) que "possui três funcionalidades principais: cadastramento dos pacientes em tratamento, controle da dispensação mensal de medicamentos, controle de estoque dos medicamentos anti-retrovirais e dos medicamentos para tratamento das infecções oportunistas nas farmácias", além de garantir aos pacientes atendimento farmacêutico em todo o território nacional. Percebemos também, que a acessibilidade ao setor da farmácia, dentro do serviço, ocorre de maneira bem horizontal, articulada e organizada, mesmo o espaço físico sendo extremamente pequeno.

Sobre as notificações dos novos casos de doenças, um dos assuntos mais enfocados na visita em função do nosso trabalho, ficou claro que isso exige um grande comprometimento dos profissionais com sua própria responsabilidade de notificar da melhor forma possível e de alimentar corretamente ao banco de dados. Realizadas mensalmente, as notificações, mesmo quando feitas da forma correta, nem sempre são aproveitadas plenamente, pela dificuldade de acesso aos bancos de dados por parte dos profissionais. Isso exige do profissional, uma sensibilidade ainda maior, levando em conta que ele precisa estar, permanentemente, se atualizando frente às prioridades de enfrentamento para garantir que as ações corretas de promoção da saúde, controle de doenças e prevenção de agravos sejam realmente realizadas. 





A futura sanitarista,
Luiza

domingo, 9 de novembro de 2014

Exercício nosso de cada dia

O semestre vai se encaminhando ao final e algumas reflexões importantes começam a ser realmente internalizadas por mim somente agora. Não é que antes elas não tenham sido propostas, mas parece que algumas coisas apenas assumem sentido para nós mesmos quando alguma coisa realmente conflita com o que estamos habituados. Quero dizer que, agora, depois da última aula da UPP de Tutoria, entendo que tudo isso de produzir textos, refletir muito sobre diferentes materiais, se expressar de forma realmente clara, profunda e que retome o que compreendemos do que nos é passado a cada dia, é uma tarefa que exige MUITO exercício.
Sim, eu estou falando da experiência de fazer um portfólio (blogfólio no meu caso)!
No texto, Portfólio reflexivo: uma proposta de ensino e aprendizagem orientada por competências (Cotta, Costa e Mendonça, 2013) é tratado, entre outras coisas, sobre a responsabilidade dos professores quando se coloca: “Na prática isso significa preparar os estudantes para um aprendizado autônomo, definido por Freire como um aprender que respeita a curiosidade do educando, sua inquietude e linguagem, incentivando a liberdade e a busca de identidade no processo de ensino-aprendizagem”. Porém, eu penso que, assim como nenhum texto aqui é postado por vontade própria, qualquer esforço dos professores de nada vale se tomarmos uma posição rígida ao que nos é colocado, é preciso sim, nos desdobrarmos pra colocar o que absorvemos de conhecimento em evidência.
Isso é só uma das questões que estão efervescendo em mim... Daqui em diante espero que isso aconteça muito mais e de uma forma muito mais profunda!

Até logo,
A Futura Sanitarista,

Luiza